
nossas alegrias e tristezas... não iriam pesar muito mais as alegrias?"
Minha adolescência foi continuação da minha infância, sem muitas mudanças, nem mudanças bruscas... Não deixei de brincar de boneca tão cedo e não rebocava minha cara com muita maquiagem para parecer mais adulta. Gostava de Kid Abelha, Guns N'Roses, Jorge Ben Jor, Gabriel, o Pensador, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano... Assitia thundercats, caverna do Dragão, Smurfs, He-Man, She-Ra, Cavalo de Fogo, Xuxa...
Mais tarde, com mais ou menos 14 anos não foi só meu corpo que mudou, um pouco de maturidade, meus pensamentos, minhas paixões, meu coração.
Recordo-me coisas iguais àquelas que a maioria dos ex-adolescentes recorda: a primeira menstruação; negociação com o pai para posar na casa das primas; primeiro beijo, hooooras no telefone; walkman no ouvido a tarde toda...
Minha adolescência foi tranqüila, não era rebelde. Tive minha fase de ser briguenta, mas nunca quis dar trabalho para meus pais. Deixar eles preocupados, nunca foi meu perfil. Nunca os deixei de cabelo em pé, preocupados ou sem dormir. Sempre fui responsável e obediente. Era capaz de ficar horas lendo meus textos, e ouvindo as minhas musicas, e pensando como a minha adolescência era perfeita... Ou quase! Minha adolescência, como minha infância, foi muito regada de amor, atenção e carinho.
Na escola eu era uma jovem comum, tive como sempre, poucas amigas, mas todas as que eu tinha me fizeram bem. Foi nela que encontrei alguns caminhos pelos quais estou seguindo até hoje da melhor maneira que posso. Escolhendo esses, deixei outros. Um dos caminhos pelo qual optei, é escolher uma religião. Minha mãe era católica
(não praticante) e meu pai era espírita. Foi então quando nenhum de nós estava feliz e estávamos passando por um sério problema com minha saúde não diagnosticada por nenhum médico, que começamos freqüentar a igreja evangélica e ali eu encontrei o meu AMOR MAIOR, meu abrigo, meu amigo, meu refúgio.Conheci Jesus! Recebi-o no meu coração e essa escolha me fez querer só a Ele. Como Ele é do tamanho do vazio do nosso coração, não precisei de mais nada. O outro foi o meu futuro marido, comecei namorar com 15/16 anos. Mesmo me relacionando cedo, sério com alguém, não deixei de fazer as coisas que me faziam bem, porque nos identificávamos nas mesmas coisas e foi assim que “saí” da minha adolescência para me tornar uma mulher, uma menina-mulher ainda.
Saudades...