
Hoje está um dia frio, cinza... E meu coração sente um frio também, um medo
do que vem pela frente, medo do desconhecido, da incerteza, medo que aconteça de novo tudo aquilo que me fez ter medo.
Não me achava medrosa, pelo contrário até me achava corajosa, segura.
Mas aconteceram tantas coisas na minha vida nos últimos anos em que me deixaram olhando a chuva pela janela e pensar que antes eu tinha medo do trovão, medo de besouro, medo de barata, de montanha-russa... Agora os meus medos mudaram. Ficarão mais fortes, mais monstruosos, medo da solidão, medo da traição, medo do meu amanhã, da insatisfação e não gostei nada disso.
Preferia quando o meu medo era resolvido com um grito e alguém vinha e me ajudava, matando o inseto, fechando a cortinha ou simplismente dizendo "não".
Ah! Como estou fraca, fatigada, sinto-me sobretudo medrosa.
Quero encontrar-me de novo, quero ser eu novamente.
Aprender de novo os meus gostos.
Quero saber de novo, o que penso sem pensar em mais ninguem.
Quero sentir-me alegre por simplesmente acordar, quero sorrir ao ver uma estrela,
ao ver o por do sol. Quero ter vontade de correr pelo parque, de rir, e brincar.
Gozar a alegria do Natal, que antes era a melhor festa para mim.
Vou voltar a viver por mim.
Porque sentimos medo do que não podemos controlar?
Medo de perder...
Medo de não conseguir esquecer o que precisa ser esquecido...
Medo de não me realizar...
Porque eu tenho medo da vontade de Deus? Se Ele é quem mais se importa com minha felicidade.
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