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Quando somos crianças temos medo da noite. Acreditamos que exite mostros debaixo da cama ou dentro do guarda-roupa e temos medo de sermos más durante o ano e não ganharmos presente do Papai Noel.
Mas quando crescemos os nossos medos são outros e por mais que nos vejamos velhos e mais seguros ainda temos medo de coisas de quando eramos crianças.
Tem momentos da nossa vida que queremos mudar de cidade, de país e até de planeta.
Não ficamos confortavéis com algumas situações, desejamos alguma coisa melhor e diferente e muita das vezes precisamos virar a mesa quando se está infeliz com o emprego, com o amor ou com a vida que está levando.
Eu fiz isso, virei a mesa. Achei melhor arriscar e tentar.
Acertei. Estou exatamente onde queria estar.
Sempre olhei muito para o certo e o errado e sempre procurei fazer o que era certo diante dos olhos das pessoas, mesmo que eu nao estivesse feliz e que aquela não fosse a minha vontade eu ainda o fazia porque era o certo.
Mas esse certo, era pra mim também? Hoje acredito que muitas coisas não eram. Que escolhi pq era o melhor para aquele e para aquela, mas não para mim.
Me afastei de mim mesma, me perdi, já não me reconhecia, quem era eu afinal? Do que realmente eu precisava?
Eu sempre gostei de margaridas e quero dar esse exemplo de que mesmo eu gostando dos campos de margaridas tinha que plantar rosas e consequentemente colher rosas. Simplismente pq as rosas eram mais corretas, mais bonitas do que as simples e delicadas margaridas.
Mas era eu quem tinha que andar no campo das margaridas, era eu quem as colhia e colocava na mesa da minha casa e tinha que ficar olhando para elas todos os dias.
Mudei. Arranquei as rosas, eram bonitas sim, mas eu ainda prefiro as pequenas margaridas.
Era o que eu tinha jogando com o que eu queria. Quando menos se espera agente se supera e consegue chegar mais perto de quem a gente realmente é.